Ser viciado em Football Manager é uma condição médica?

Ótimos artigos e análises, sob as mais diversas visões, que podem ter ajudar a acertar aquela tática que estava capenga ou fazer render aquele perna de pau.
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Tango
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Ser viciado em Football Manager é uma condição médica?

Mensagem por Tango » Dom Nov 15, 2015 00:38

Ser viciado em Football Manager é uma condição médica?

Às vezes, me preocupo com o efeito que o Football Manager teve na minha vida. Eu já tive namoradas as quais eu nunca amei tanto quanto meu Southend United do CM97-98, campeão da Uefa Cup. Então decidi consultar um médico. Escrito por Iain Macintosh
Tradução de Marco van Tango para o FM-Brasil
Original no The Blizzard
Extraído do The Guardian

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”Bem, Doutor, é isso: eu jogo Football Manager há 20 anos. Desde a primeira versão, aquela com a foto de um homem furioso na capa, eu gastei horas e horas e horas da minha vida ajustando times fictícios, brincando com táticas, observando e recrutando novos jogadores.” Fotografia: Mike Kemp/Rubberball/Corbis Às vezes, me preocupo com o efeito que o Football Manager teve na minha vida. Eu já tive namoradas as quais eu nunca amei tanto quanto meu Southend United do CM97-98, campeão da Uefa Cup e amigos que eu não vi tanto quanto eu vi meus reservas do Nottingham Forest do CM01-02. Por que eu não consigo ficar acordado até as 3 da manhã para escrever um livro, mas consegui fazer isso inúmeras vezes para guiar o Welling para além da Conference South no FM07?

Eu decidi que era hora de ter com um homem que pode me dar algumas respostas: Dr. Simon Moore, Diretor Palestrante em Psicologia no London Metropolitan University e perito nos efeitos dos jogos na condição humana. Se alguém pode me dizer se eu tenho ou não um problema muito, muito sério, é ele.

Eu: olá, Doutor. Obrigado por poder me ver em tão pouco tempo.
Dr: nenhum problema, Iain.
Eu: então… Na verdade, eu não deveria deitar antes disso?
Dr: se te faz sentir melhor.
Eu: você sabe, eu realmente acho que sim. [Me deito] Ah sim, muito melhor.
Dr: então, o que você acha que é o problema?
Eu: bem, Doutor, é isso: eu jogo Football Manager há 20 anos. Desde a primeira versão, aquela com a foto de um homem furioso na capa, eu gastei horas e horas e horas da minha vida ajustando times de futebol fictícios, brincando com táticas, observando e recrutando novos jogadores. Quando eu penso sobre o que eu poderia conquistar na minha vida, os idiomas que eu poderia aprender, os lugares que eu poderia visitar, isso realmente parte meu coração. Em algum momento, eu estarei no meu leito de morte, cercado de familiares, gentilmente fluindo para o próximo plano de existência e tudo que eu posso pensar sobre é o fato de que eu devo ter perdido um total acumulado de seis meses jogando um jogo de computador. Mas sabe o que é o pior?
Dr: prossiga.
Eu: eu sou realmente um jornalista futebolístico. Eu tenho permissão de imprensa e tudo mais. Se tiver motivo, e dependendo do orçamento de viagens, eu posso assistir qualquer partida de futebol no país e ser pago pra isso. Eu basicamente tenho gasto todo meu tempo fazendo algo que é praticamente uma extensão do meu trabalho. Sou esquisito?
Dr: Hum…
Eu: Meu Deus, não é um bom começo.
Dr: você não joga o mesmo jogo, joga? O mesmo com a foto do homem furioso na capa?
Eu: ah, não. Não, eu comprei cada jogo novo desde o lançamento. Não estou preso em 1992.
Dr: mas você gosta do conceito, você gosta de micro-gestão?
Eu: eu gosto, realmente gosto. Eu adoro assumir um time e avaliar o plantel. Eu gosto de montar uma equipe técnica, preparar uma rotina de treinamento, fazer os jovens serem orientados pelos mais velhos, treinar jogadas ensaiadas, implantar um sistema de olheiros, tudo. E então eu nunca apenas jogo com o primeiro time. Eu sempre controlo os reservas e as categorias de base, apenas para ter certeza que o clube está progredindo. E isso é o mais estranho. Eu não sou tão preciso em nenhuma outra esfera da minha vida. Meus registros fiscais estão por todo lugar, meu diário é escrito à caneta, e eu estou sempre perdendo anotações. Mas quando eu abro o Football Manager, de repente eu me torno o homem mais meticuloso do mundo. Tudo é planejado e preparado, o futuro é mapeado.
Dr: quando você joga esse jogo, como você se sente?
Eu: de verdade?
Dr: de verdade.
Eu: me sinto um deus.
Dr: sério?
Eu: me sinto um deus montado em uma montanha, olhando os mortais abaixo enquanto eles fogem como formigas, desesperados para cumprir minhas ordens com medo de minha fúria. Isso é esquisito? Isso é esquisito, não é?
Dr: hum…
Eu: não gosto do jeito que você faz esses “hums”
Dr: perdão. Não é esquisito que você não faça essas coisas na vida real. Pessoas controladores não controlam cada parte de sua vida. Se você pensar sobre trabalho, por exemplo, algumas pessoas não são controladoras no trabalho porque são incapazes de manipular pessoas nesse sentido. Mas elas podem ser na sua própria casa, com limpeza, ou aonde é mantido o controle remoto. Mas se você mudar o ambiente, você pode mudar o comportamento. Você deve sentir que você tem mais controle nesse ambiente do Football Manager.
Eu: mas eu sou um jornalista futebolístico e tenho sido por seis anos. Você poderia pensar que eu não teria necessidade de mergulhar nesse mundo fictício do futebol porque estou no mundo real.
Dr: sim, mas só até certo ponto. Você não está nesse mundo, você está ao lado dele. Você está olhando de fora. Sua influência é limitada.
Eu: ah, você viu meu livro de contatos. Bem, eu digo livro. Tá mais pra um panfleto.
Dr: você não controla realmente a mecânica do dia-a-dia do futebol real, ou o modo que os times reais jogam. Mas você faz isso no jogo.
Eu: você acha que é por isso que minha necessidade de jogar tem intensificado recentemente?
Dr: talvez… Talvez seja uma função do que você faz. Talvez, influenciar seja o que você sente falta e esse jogo lhe permite isso em grande quantidade.
Eu: certo. E o que é isso de sempre querer mais um jogo, sempre querer jogar mais um jogo? Por que eu às vezes sento no meu sofá às 1h da manhã, minha sala iluminada somente pelo brilho do meu laptop e eu atravesso a noite na busca de um troféu de mentira?
Dr: bem, é o mesmo que acontece com vários jogadores e com certeza vários viciados. Pense sobre fãs de turfe sempre querendo mais uma corrida, apostadores incapazes de sair de uma caça-níqueis.
Eu: Meu Deus, é assim tão ruim? Tão perto de outros vícios?
Dr: sim. Algumas pessoas são viciadas em princípios básicos ou relacionamentos lineares. Você aperta ‘a’ e acontece ‘b’. Você bebe, você se sente bem. Eles gostam dessa simplicidade. Então temos muitas pessoas que gostam de complexidades ou outros relacionamentos. Com esse tipo de jogo existem diversas possibilidades, muitas permutações. Você pode literalmente jogar Football Manager centenas de vezes e ter um resultado diferente a cada vez. Você também é obviamente viciado a esse tipo de analogia com uma “deidade” a que se referiu antes. Seu vício é construído ao redor de um príncipio de “o que acontece se eu apertar esse botão?”.
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Peter Beardsley acompanha a página de transferências por valor em 1997. Fotografia: PA/PA Archive/Press Association Ima

Eu: então não somente eu penso que sou um deus, mas também sou um deus vingativo e rancoroso?
Dr: bem, não completamente. Você quer que seu time jogue bem. Essa é sua meta.
Eu: mas e se eu sou o tipo de pessoa que dispensa jogadores repetidamente, os multo, coloco na lista de transferências, eu não seria um deus vingativo?
Dr: exatamente. Sua personalidade virá a aparecer de alguma forma no próprio jogo. Você é impulsivo no mercado de transferências?
Eu: não. Sou impulsivo nos mercados da vida real, especialmente envolvendo queijos, mas não no Football Manager. Sempre tenho a certeza que minhas contratações são resultados de observação e extensiva deliberação.
Dr: você vê, você é muito preocupado sobre como você faz as coisas no jogo, essa é sua motivação. Você não pode falar sobre personalidade sem falar sobre motivação. Você quer ir bem, mas também é integrado o fato de que você adora isso. Você não quer estragar a diversão por falhar em um investimento. Se você não vence, você não se diverte.
Eu: não é nem um pouco preocupante que na vida real eu seja imprudente e impulsivo, mas no Football Manager eu planejo tudo?
Dr: Bem, isso só vem a mostrar que sua personalidade é instável, não?
Eu: sério?
Dr: sim. Não se preocupe, isso soa bem pior do que realmente é. É uma coisa boa, aliás.
Eu: é?
Dr: instabilidade é uma coisa boa. Não uma instabilidade imprudente. Você não quer matar alguém com um machado um dia e agir normalmente no outro.
Eu: eu não sou o assassino do machado.
Dr: não falei que era.
Eu: só queria deixar claro.
Dr: claro, claro. O que eu quero dizer é que sua personalidade é flexível. Isso tem a ver com grandes desafios de sobrevivência. Se você adotar sempre a mesma personalidade, com as mesmas características, você não seria capaz de se adaptar a diferentes situações. Se pegar qualquer dia seu, eu posso lhe mostrar que você falou de forma diferente com pessoas diferentes, que você tem agido diferente, mais ou menos confiante, de acordo com diferentes cenários. Você está simplesmente adaptando sua personalidade para sobreviver no jogo. Na vida real, você pode agir como você age porque as ramificações não são especialmente dramáticas. Você é desleixado, mas o mundo não vai cair por causa disso. Você é impulsivo, mas eu penso que isso não levou sua vida a desabar, certo? Mas você sabe que se você não fizer planejamento no Football Manager, você provavelmente terá menos facilidade em vencer e vencer é o que te dá prazer, o que em troca te leva ao vício.
Eu: oh.
Dr: isso é um reforço, um reforço positivo. Seu trabalho apenas paga suas contas, Football Manager lhe dá prazer. Então não é uma surpresa que você venha a agir diferentemente.
Eu: isso não vai soar bem a algum possível empregador, vai?
Dr: isso é perfeitamente normal. Você ficará mais motivado por coisas que te farão se sentir bem do que com coisas que você tem que fazer.
Eu: você acha que é um pouco lamentável que gerir um time de futebol de mentira me faça me sentir melhor do que, vamos dizer, uma grande carreira de pó?
Dr: de forma alguma. É assim que a motivação funciona. Da mesma forma que dinheiro motiva alguns mas não outros; é pessoal. O Football Manager é o que lhe apetece. Não grandes carreiras de pó. O que é provavelmente melhor assim, se for ver.
Eu: certo. Mas é uma coisa ruim que eu ocasionalmente imagine conversas com meus jogadores?
Dr: não, porque isso faz parte da experiência. É a imersão que tem algum apelo a você, é o que te atrai. Eu já ouvi falar de pessoas dando discursos em quartos vazios, apertando mãos com maçanetas e fingindo ser membro da Família Real [Britânica]. Você está apenas mantendo as coisas vivas, fazendo o que você precisa pra se manter sonhando. Enquanto você não machucar alguém, não tem problema.
Eu: e quanto a prestar conferências de imprensa na minha cabeça?
Dr: nenhum problema, também. Na verdade, para você, isso é ainda mais normal porque este é um ambiente que você conhece bem, e pode imaginar facilmente.

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Sam Allardyce em 2005, possivelmente procurando um novo Ferrah Orosco ou Mark Collis. Foto: Andrew Couldridge/Action Images
Eu: bem, isso é tudo bem encorajador. Você já encontrou pessoas que não são normais? Pessoas que levaram essas coisas longe demais?
Dr: ah, sim. Já vi pessoas que viram sua saúde se esvanecer, suas relações pessoais foram destruídas, que não são capazes de dar uma pausa suficiente para trabalhar. Mas esses são extremos. Sempre existem aquelas pessoas que lutam com o vício, mas isso funciona da mesma forma com qualquer forma de estímulo.
Eu: não é preocupante que existam tantas similaridades entre o vício em Football Manager e, vamos dizer, o vício em álcool?
Dr: vício é vício.
Eu: então meu ‘vício’ em Football Manager é na verdade um genuíno vício de 20 anos?
Dr: sim.
Eu: uau… Acho que isso é mais tempo do que o tempo em que Eric Clapton usou cocaína.
Dr: os riscos de saúdes não são tão grandes com o Football Manager.
Eu: alguém deveria ter avisado isso ao Eric Clapton.
Dr: possivelmente sua música sofreu com isso.
Eu: [cantando] Layla. You’ve got me on my knees, Layla. Distracted from friendlies, Layla. I’m begging, darling, for you to do my coaching routiiiiiiines!
[SILÊNCIO]
Dr: por favor NUNCA mais faça isso.
Eu: desculpe.
Dr: [estremece] De qualquer forma, coisas como essa, qualquer coisa que você desfrute, levará sua endorfina a elevar-se, o que irá ampliar o sentimento positivo. É tudo sobre cognição; qualquer coisa que você acredite ser um estimulo positivo terá esse efeito. Seu subconsciente curte Football Manager, curte vencer, e curte a realidade alternativa que você criou. Isso, por falta de termo melhor, é sua droga.
Eu: Céus. Então, admitir que eu tenho um problema é o primeiro passo para me reabilitar?
Dr: isso é um problema? Ou somente algo que você se diverte? Isso tem algum impacto negativo em qualquer aspecto da sua vida?
Eu: bem, às vezes minha mulher se ofende se ela tá assistindo algum filme da Jennifer Aniston e eu jogo no laptop no sofá perto dela.
Dr: nossa, você tem um problema.
Eu: tenho?
Dr: sim, os filmes da Jennifer Aniston são quase exclusivamente horriveis.
Eu: então não sou só eu.
Dr: não.
Eu: todo filme é igual. Ela é uma solteirona deslumbrante que, por motivos inexplicáveis, não consegue encontrar um homem e ela tem uma amiga que é igualmente deslumbrante, mas de uma forma menos óbvia, e ela está lá quase que somente pra fazer piadas sarcásticas. Então ela conhece alguém que é absolutamente inadequado pra ela e eles entram em discussões que se tornam cada vez mais calorosas até que alguém os ajunta e eles beijam, bem de leve para arriscar todo o caso entre eles em um ponto de partida antes de uma corrida contra o tempo que os une pra sempre.
Dr: eu tenho um trabalho pra fazer, se permite.
Eu: desculpe.
Dr: então. Football Manager não tem lhe causado nenhum problema real? Você joga até um ponto e depois para de jogar?
Eu: sim. Mas tem vezes que o certo ponto é 1h da manhã e eu acordo às 6.
Dr: bem, você sabe o que pode e não pode fazer. Você não teve problemas em acordar às 6, você não teve problemas para fazer o que tinha que fazer no dia seguinte?
Eu: não. Só fiquei um pouco cansado.
Dr: bem, isso é ok. O que é importante é que você continua fazendo o que tem que fazer. Na verdade. seu cérebro pode estar pensando “me diverti bastante ontem à noite jogando Football Manager, agora vamos trabalhar”.
Eu: meu cérebro geralmente me diz para fazer uma xícara de chá e um sanduíche de bacon antes, mas sim, entendo o que quer dizer.
Dr: isso também não é problema. Se você tirar a gordura.
Eu: é uma boa dica. Então, basicamente, se não é um problema… Não é um problema?
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A avenida dos sonhos desfeitos. Foto: Katherine Anne Rose/Observer Dr: essencialmente, sim. Digo, se você estiver negando isso a si mesmo e isso for um problema, se você não tem se encontrado com pessoas, se você não tem se alimentado apropriadamente, se você não tem trabalhado, então temos uma situação diferente, mas não parece ser o caso, é?
Eu: não! Essas são excelentes notícias. Eu sinto como eu tivesse acabado de tirar um grande peso dos meus ombros!
Dr: estou feliz em ter ajudado. Você sabe, jogos são frequentemente demonizados, especialmente aqueles violentos, mas isso não é justo. Nós sabemos sobre o que eles são, e os gamers sabem sobre o que eles são. Você faz o que deve para prosseguir no jogo.
Eu: o que leva pessoas a gostar de jogos de luta e outros a gostar de jogos de futebol? Por que algumas pessoas querem matar um dragão e outras querem ganhar uma taça de mentira?
Dr: todo jogo visa divertir. A gente não deixa de jogar aos 12 anos. A diversão é inerente à psicologia. Isso lhe permite treinar, te satisfaz, te deixa fazer coisas que você não faria normalmente. Videogames são extensões de histórias.
Eu: mas o que leva algumas pessoas a lutar com um dragão e outras a uma database estatística de futebol que é essencialmente um exercício de recursos humanos? Certamente todos nós iríamos preferir lutar com um dragão?
Dr: você iria?
Eu: bem, claro.
Dr: eu não, prefiro ser treinador de futebol. Mais seguro.
Eu: não se você treina o Millwall. O que eu quero dizer é, existem certas personalidades que são propensas a preferir Football Manager?
Dr: não, eu não diria isso. Fiz algumas pesquisas sobre isso e tipos de personalidades não necessariamente escolhem jogos pré-definidos. É mais sobre a relação de sua personalidade e como eles jogam o jogo. Se eles preferem lutar no corpo à corpo ou com feitiços, se são motoristas imprudentes ou cuidadosos? Esses traços têm a ver com personalidade. A forma como essa relação se manifesta é completamente aleatória. Algumas pessoas cuidadosas são imprudentes nos jogos, algumas pessoas imprudentes, como você, são cuidadosas. É possível que você viva de acordo com um ideal que talvez não pode conquistar na vida real.
Eu: eita. Isso é bem profundo.
Dr: é o que eu faço.
Eu: então, recapitulando: eu jogo Football Manager porque eu gosto e meu subconsciente gosta. Eu sou cuidadoso porque é isso que meu subconsciente crê que é o melhor jeito de prosperar e portanto como eu vou me divertir mais. Eu presto conferências de imprensa na minha cabeça porque isso aumenta minha imersão e diversão e o melhor, isso não é um problema porque não é um problema. Minha vida ainda está bem intacta.
Dr: precisamente.
Eu: bem, isso é bom. Agora, pode me fazer um favor? Pode ligar pra minha mulher e dizer a ela tudo o que você me disse?
Dr: vá embora.


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Re: Ser viciado em Football Manager é uma condição médica?

Mensagem por MaxAveiro » Dom Nov 15, 2015 00:55

Muito bom Tango! E confesso que isso é uma coisa que me deixa perplexo tbm ashuashuas
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Re: Ser viciado em Football Manager é uma condição médica?

Mensagem por Marinho » Dom Nov 15, 2015 11:32

Excelente!

Não tem como não ler sem se identificar!

:lol:
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Re: Ser viciado em Football Manager é uma condição médica?

Mensagem por CriouloMaravilha » Dom Nov 15, 2015 19:13

Sensacional!

Não existe ateu quando você começa a rezar pra ficar doente ou pegar uma dor de barriga, pra cancelar aquele compromisso só pra ficar jogando FM.
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